foto: Jorge Nicola/Superesportes
Jorge Nicola, colunista do Superesportes, fala sobre os investimentos das SAFs dos clubes no futebol
Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Brasil tem sido sinônimo de reforços em abundância e investimentos altos. O Botafogo de John Textor, por exemplo, gastou R$ 80 milhões apenas com a aquisição de direitos econômicos de atletas nas últimas duas janelas. O Vasco tem a promessa da 777 de que terá R$ 120 milhões para contratações na virada do ano. E o Bahia, mais novo integrante do time das SAFs, contará com R$ 500 milhões em reforços nos próximos anos, via Grupo City.O Cruzeiro é o único em caminho diferente. O time que será em breve confirmado como campeão brasileiro da Série B foi montado a custo praticamente zero. Um dos poucos atletas comprados acabou sendo o artilheiro Edu, que custou módicos R$ 600 mil junto ao Brusque – tal operação, inclusive, se deu antes da chegada de R9.
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Meses mais tarde, Wesley Gasolina foi adquirido por R$ 2 milhões, que garantiram 50% de uma venda futura.É bem verdade que Ronaldo desembolsou R$ 40 milhões com dívidas antigas junto à União, na Fifa e na CNRD, sob o risco de o clube não poder registrar novos jogadores. E há uma série de outras pendências, como a da compra de Rodriguinho, que deve ser executada ainda neste ano, com valores a partir de US$ 6 milhões ou R$ 32,5 milhões em duas parcelas, além de juros e correção monetária. Mas a questão em jogo não é se Ronaldo tem mais ou menos dinheiro do que seus concorrentes de SAF. Sua filosofia à frente do Cruzeiro, assim como já era no Valladolid, privilegia as práticas de responsabilidade, organização e profissionalismo.
Perfil de reforços para 2023
Com receita bem maior em 2023, depois do retorno à elite nacional, o Cruzeiro fará investimentos. Mas o torcedor não deve esperar por reforços de peso ou midiáticos. O perfil já está desenhado e seguirá a linha de Lucas Oliveira e Neto Moura, recentemente comprados de Atlético-GO e Mirassol. Oliveira custou, via Pix, R$ 4 milhões. Já Neto saiu por R$ 1,5 milhão.Mas isso significa que o Cruzeiro será menos competitivo do que os rivais da Série A? Vai depender do índice de acerto na hora de contratar atletas. Se o aproveitamento de 2022 se repetir em 2023, o sucesso estará garantido.