Como o ge noticiou na última semana, o diretor português, reconhecido pelo trabalho de scout que teve na França e em Portugal, indicou reforços “fora da caixinha” à direção. São dezenas de nomes de jogadores sul-americanos, do futebol português e de outros mercados alternativos da Europa.
O Vasco se empolgou com nomes que considera que chegam para jogar e que podem ter um potencial de revenda no futuro. Admar Lopes gosta de trabalhar com jogadores jovens, com passagens em categorias de base por seleções. O português acredita que há boas oportunidades no mercado para o clube carioca, mas estuda com cautela, ao lado da direção, os nomes para o ataque.
Neste momento, a única negociação mais avançada é a do volante Thiago Mendes. Apesar da janela não estar aberta ainda, o jogador está sem contrato, o que facilitou as tratativas. Ele deixou o Al-Rayyan, do Catar.
Veja gols e lances de Thiago Mendes, alvo do Vasco, pelo Lyon
Com uma situação financeira delicada e um discurso de responsabilidade, a direção entende que tem que fazer uma janela mais assertiva e de correção. O discurso interno é de que só deve chegar jogador para entrar no time titular, ou um atleta que sem dúvidas irá chegar e fazer a diferença no elenco.
O Vasco investiu em atacantes de lado nas últimas janelas, mas não teve sucesso. Jean David, Maxime Rodríguez, Loide Augusto e Garré não emplacaram no clube de São Januário. A meta agora é encontrar um jogador que se adapte rapidamente ao elenco e ao futebol brasileiro, assim como Nuno Moreira fez.
Admar Lopes entende que o orçamento que o Vasco tem no momento permite fazer boas aquisições, mas o desafio com as finanças limitadas é mais difícil. Para isso, o clube enxerga a possibilidade de contar com jogadores jovens, em boas condições físicas e com potencial de revenda.
A ideia não é contratar um jogador inexperiente para desenvolver. Mas, sim, ter a chegada de um jogador jovem que chegue, some ao elenco e possa ser revendido no futuro — fazendo o investimento de agora render dentro e fora de campo, como vem acontecendo com Nuno Moreira.
Isso não significa que o Vasco não considere jogadores de idade mais avançada. Mas para fazer um esforço financeiro de comprar direitos econômicos com valores mais altos, entende que o atleta deve ter poder de revenda. O clube está atento a todas oportunidades de mercado.
Essa é uma ideia que o Vasco tem desde o ano passado. Na primeira janela de Pedrinho, com orçamento mais limitado do que tem hoje, o clube de São Januário tentou as contratações de Brian Rodríguez, do América, e de Gonzalo Plata, que estava no Al-Sadd, do Catar, e acabou indo para o Flamengo. Precisando de reforços para as pontas, sem sucesso nos principais alvos, Jean David e Maxime foram contratados.
Na janela que abriu 2025, o Vasco tentou Brian Rodríguez e Pablo Solari, ex-atacante do River Plate, que reforçou o Spartak Moscou. O clube insistiu na contratação destes jogadores, mas não conseguiu. Em seguida, tentou Bruma, que estava no Braga. Apesar do português fugir do perfil de jovem com potencial revenda, ele era um jogador para “chegar e jogar”, mas ele fechou com o Benfica e seguiu a carreira em Portugal.
Logo depois, foram contratados Nuno Moreira, Garré e Loide, mas o português era o nome para preencher a vaga no time titular, enquanto os outros dois eram para compor elenco. No entanto, o argentino e o angolano ainda não deslancharam no clube e tiveram pouca utilidade mesmo vindo do banco de reservas.
Fonte: ge